Notícias • 2019-02-19
caveoffice explica projecto Loja Cascais Jovem Parede
Como entenderam ligar o equipamento proposto com a envolvente existente?
Quais os obstáculos mais relevantes que condicionaram a proposta?
O colectivo caveoffice foi o vencedor do concurso público para a elaboração do projecto da Loja Cascais Jovem Parede, promovido pela Câmara e assessorado pela Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos.
Num depoimento a pedido da Secção Regional Sul, explica as opções para um trabalho de reabilitação que colocou o desafio de ser para um espaço público, respeitando a escala e a atmosfera do lugar, num desenho que criasse um sistema de percursos que ligasse todas as frentes da proposta.
Num depoimento a pedido da Secção Regional Sul, explica as opções para um trabalho de reabilitação que colocou o desafio de ser para um espaço público, respeitando a escala e a atmosfera do lugar, num desenho que criasse um sistema de percursos que ligasse todas as frentes da proposta.
De que forma este concurso se insere na vossa prática arquitectónica?
Desde o início da nossa prática arquitectónica que nos temos centrado bastante em reabilitação/readaptação de pré-existências. Não por escolha própria mas por consequência da necessidade que surge nas cidades. O que achamos bastante pertinente e que estava presente neste concurso.
Em termos de escala, os trabalhos mais comuns que temos vindo a desenvolver têm sido menores, com algumas excepções.
Relativamente ao uso, nunca tínhamos desenvolvido um trabalho com este carácter de espaço público pois só têm surgido oportunidades no âmbito da hotelaria e Habitação, daí termos apostado neste concurso que se diferencia nesse aspecto.
Para além disso este concurso possibilitava algum pensamento sobre inserção cuidada e conexão directa com o espaço urbano, público e percorrível, conceitos sensíveis sobre os quais gostamos sempre de nos debruçar.
Desde o início da nossa prática arquitectónica que nos temos centrado bastante em reabilitação/readaptação de pré-existências. Não por escolha própria mas por consequência da necessidade que surge nas cidades. O que achamos bastante pertinente e que estava presente neste concurso.
Em termos de escala, os trabalhos mais comuns que temos vindo a desenvolver têm sido menores, com algumas excepções.
Relativamente ao uso, nunca tínhamos desenvolvido um trabalho com este carácter de espaço público pois só têm surgido oportunidades no âmbito da hotelaria e Habitação, daí termos apostado neste concurso que se diferencia nesse aspecto.
Para além disso este concurso possibilitava algum pensamento sobre inserção cuidada e conexão directa com o espaço urbano, público e percorrível, conceitos sensíveis sobre os quais gostamos sempre de nos debruçar.
Podem descrever a proposta realizada e os seus aspectos mais relevantes?
Tentámos desenvolver uma proposta honesta e que respeitasse não só a escala urbana bem como a atmosfera do lugar.
Muito sucintamente e sem repetir a memória descritiva apresentada, a proposta define-se por quatro corpos que se relacionam entre eles através de ligeiras conexões de percurso e razoáveis afastamentos volumétricos gerando espaços intersticiais de iluminação, ventilação, estadia, vislumbre entre outros conceitos.
Um dos corpos veste a pele da casa pré-existente que irá funcionar como “coração” deste novo sistema.
Os outros surgem da leitura do lugar numa tentativa de conjugação temporal de pensamentos materializados.
Um dos corpos veste a pele da casa pré-existente que irá funcionar como “coração” deste novo sistema.
Os outros surgem da leitura do lugar numa tentativa de conjugação temporal de pensamentos materializados.
Como entenderam ligar o equipamento proposto com a envolvente existente?
A norte, um novo corpo baixo, longitudinal e transparente, pousado sobre três grossas paredes de pedra emparelhada, abraça a Praça 5 de Outubro e cria uma das entradas.
A sul, dois novos corpos mais verticais tentam resolver dois contratempos assumidos e criar uma nova identidade urbana, uma nova praça (talvez das clementinas) que vem relacionar-se directamente com a estação de comboios.
Um dos corpos remata a fachada cega do edifício posicionado a oeste e o outro a fachada sul da casa pré-existente, que era mais frágil e menos equilibrada, ligando-se e afastando-se da mesma como uma antítese.
A sul, dois novos corpos mais verticais tentam resolver dois contratempos assumidos e criar uma nova identidade urbana, uma nova praça (talvez das clementinas) que vem relacionar-se directamente com a estação de comboios.
Um dos corpos remata a fachada cega do edifício posicionado a oeste e o outro a fachada sul da casa pré-existente, que era mais frágil e menos equilibrada, ligando-se e afastando-se da mesma como uma antítese.
A Este há uma relação directa com a rua das clementinas onde se propõe a demolição dos muros existentes e o nivelamento do pavimento da rua com o passeio para que as fachadas deste novo sistema se relacionem directamente com o espaço público.
O principal objectivo da proposta foi criar um sistema de percursos que ligasse todas as frentes da proposta com a envolvente exterior em mote de conjugação de espaço público percorrível.
Como pensaram os vários espaços que a Loja Jovem necessita para funcionar?
Tentou-se vestir a pele de cada personagem que irá fazer com que este complexo funcione. Também a de quem o poderá utilizar como espaço público. Para diferentes funções atribuiu-se uma atmosfera que se achou adequada e confortável a quem a habita, conjugando a melhor funcionalidade possível intra e entre espaços.
Tentou-se vestir a pele de cada personagem que irá fazer com que este complexo funcione. Também a de quem o poderá utilizar como espaço público. Para diferentes funções atribuiu-se uma atmosfera que se achou adequada e confortável a quem a habita, conjugando a melhor funcionalidade possível intra e entre espaços.
Quais os obstáculos mais relevantes que condicionaram a proposta?
Garantir espaços aprazíveis cumprindo todas as áreas funcionais requeridas pelo programa foi a tarefa mais desafiante. No entanto, tentou-se fazer com que os maiores obstáculos, como os limites do terreno, a implantação da casa ou o cumprimento de algumas regras, se transformassem em oportunidades de resolução de projecto.
caveoffice são:
João Veríssimo Arquitecto, 28 anos. Colaborou ao longo do seu percurso académico com ateliês como HBFM, Fernando Hipólito, Jorge Mealha, SousaSantos Arquitectos, Embaixada e Helena Botelho Arquitectura e desenvolveu trabalhos de autor e em equipa, que vêm materializar-se mais tarde. Em 2016 o seu projceto final de curso integrou a lista restrita Young Talent Architects Award, organizado pela Fundação Mies van der Rohe. Foi um dos fundadores da empresa de produção de imagens virtuais Tejo Collective e foi fundador do ateliê de arquitectura caveoffice com o arquitecto Miguel Cavaleiro.
Miguel Cavaleiro Arquitecto 26 anos. O seu projecto final de mestrado recebeu uma menção honrosa em 2016 no Archiprix Portugal e foi seleccionado para a edição do prémio Archiprix International, Ahmedabad de 2017. Colaborou com os ateliês Embaixada Arquitectura, Braula Reis Arquitectos, SAMI Arquitectos, DNSJ.ARQ e Helena Botelho Arquitectura. Foi um dos fundadores da empresa tejocollective (de produção de imagens virtuais 3D) e foi fundador do ateliê caveoffice com João Veríssimo.
Rita de Vasconcelos Lains Arquitecta, 28 anos. Ao longo do seu percurso fez colaborações pontuais com alguns arquitectos, tendo ingressado em 2018 na equipa do atelier de arquitectura caveoffice.
